segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Tatooed all I see, all that I am, all I will be !

Entre o dizível e o indizível se mantém a criação do poeta.A minha,flutua.Pois não gosto da grama verde,muito menos do sol brilhando.Gosto das folhas secas,da corrente fria batendo nas árvores fazendo com que mais folhas secas se joguem no chão.
Não gosto de encontros marcados,de homens amados e de histórias bem contadas.Gosto da confusão de fatos,do caos.Do amor sem juízo e logo após a solidão.
Não tenho a pretensão de contar aos meus netos,que caí do balanço quando era jovem,que fui um adolescente aplicado,que me casei e tive a mãe deles e que sorri e sempre sorri.Quero contar as coisas pelas coisas,o certo pelo incerto.O não politicamente correto,as doses demasiadas de whisky e cigarros,os caminhos tortuosos que me debati,as melhores e as piores escolhas que tomei.O sangue que se derramou,as lágrimas que contive.Os segredos pouco administrados e os medos que por mim,foram largados.
Talvez por não conter um molde da sociedade,que eu flutue.E eis que surge a grande saída:caminhar dia por dia.E por não ter esse tal molde,que possuo amizades concretas,momentos simbólicos,amores e episódios,o certo pelo certo dessa vez.Dizer o que jamais soube ser dito e viver aflito por não cumprir tal missão? Sim.Definitivamente sim ! Pois assim que nasci fiz um pacto com a vida. Um pacto simples,daquele que já viveu,que já sofreu,que já amou e que ainda assim nasceu.
Eu escrevi a minha vida e ela me escreveu.