segunda-feira, 21 de junho de 2010

O doce do chocolate

E eu que já me fechei por causa dos medos criados hoje me abro ao tudo de novo e ao mais uma vez.Meus desejos infantis renasceram como uma explosão sensitiva.
O chocolate voltou a ter o mesmo gosto.Os desenhos são engraçados.Chorar,só por coisa boba,coisas que não envolvam sentimento.Quero juntar dinheiro para comprar o meu próprio avião e receber o óscar com um vestido vermelho.
As bonecas e os ursinhos espalhados pelo quarto voltaram a sorrir para mim,um sorriso largo e com dentes brancos.Cada dia eu escolho o que está sorrindo mais forte para dividir a cama comigo ou até mesmo assistir um filme.
Voltei a achar graça nas pequenas reuniões, nos livros mais finos e ilustrados e tudo ficou tão doce... A seriedade da vida e o peso da idade às vezes nos corrompem e nem percebemos,perdendo assim o mais digno da vida e o mais sincero que é ser feliz, integralmente feliz.
O tempo nos torna pessoas movidas a grandes alegrias e a grandes tristezas enquanto em si somos felizes e nem reparamos.Curtir a vida em pequenos pedaços é saborear cada ingrediente da sobremesa,calibrar lentamente a gasolina do gostoso,do prazeroso.Ao contrário de engoli-la de uma vez, e tornar aquilo um choque de alegria mas tão rápido, tão efêmero.
Não temos mais paciência de sermos felizes,queremos ser alegres.Queremos o máximo sempre e quando caímos choramos de dor,choramos de medo e nos fechamos, como eu já me fechei.
Crianças só correm,se machucam e acham graça. Se machucam e correm mais ainda...
As feridas marcam os seus corpos formando uma coleção de cicatrizes.E ainda assim elas correm,sorrindo e felizes.

Tudo por causa do chocolate...

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